TOC...

Transtorno Obsessivo Compulsivo...
O que são obsessões e o que são compulsões?
    Obsessões são pensamentos ou idéias, impulsos, taras, imagens, cenas, que invadem a consciência contra a vontade da pessoa, de forma repetitiva, persistente e estereotipada, seguidas ou não de rituais destinados a neutralizá-las. São experimentadas como intrusivas ou invasivas, inapropriadas ou estranhas. Normalmente são acompanhadas de ansiedade ou desconforto acentuadas. O indivíduo tenta resistir a elas, ignorá-las ou suprimi-las com ações ou com outros pensamentos, reconhecendo-as, no entanto, como produtos de sua mente e não como originadas de fora. Não se considera obsessões, medos exagerados, relacionados com problemas reais.
     Compulsões são comportamentos repetitivos (lavar as mãos, tomar banhos repetidas vezes, verificar janelas, portas, botões do fogão, torneiras, gás, alinhar e organizar coisas, repetir atos ou gestos), ou atos mentais (rezar, contar, repetir palavras ou frases) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.
      Esses comportamentos compulsivos são mal adaptativos porque, apesar do objetivo que têm de proporcionar algum alívio de tensões emocionais, normalmente não se adaptam ao bem estar mental pleno, ao conforto físico e à adaptação social. Eles se caracterizam por serem repetitivos e por se apresentarem de forma freqüente e excessiva. Podemos dizer que, os comportamentos compulsivos ou aditivos (vícios) são entendidos como atitudes (mal-adaptadas) de enfrentamento da ansiedade e/ou angústia, trazendo conseqüências físicas, psicológicas e sociais graves.   
  Algumas pessoas apresentam comportamentos com caráter compulsivo, que levam a conseqüências negativas em suas vidas, como por exemplo, recorrer ao uso abusivo do álcool, das drogas, ao hábito intempestivo do vômito e às mais variadas atitudes. Essas pessoas podem ainda comprar compulsivamente, sem levar em conta o saldo bancário, comer compulsivamente, mesmo quando não se tem fome, jogar, praticar atividades físicas em excesso, etc. Quando se pretende a busca do prazer excessivo, pode haver adicção química, que é o consumo exagerado de substâncias tais como cocaína, entre outras..
Alguns tipos de compulsões:

Jogar Compulsivo
    A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal adaptativo, recorrente e persistente, que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais. A pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar.

Atividade Física Compulsiva
  A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência do comportamento compulsivo para a prática de exercícios.

Comprar Compulsivo
    Assim como os demais comportamentos compulsivos ou aditivos, o comprador compulsivo é, praticamente, um dependente do comportamento de comprar, gastar... precisando fazê-lo sem limites para se sentir bem, pelo menos bem naquele momento (para depois arrepender-se). O comprador compulsivo acaba por consumir coisas pelo fato de consumir e não mais pela necessidade do objeto que é consumido.

Trabalhar Compulsivo
  Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro, sobressair-se socialmente, tem sido glorificado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando. O trabalho pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou pensamentos mais difíceis de serem vivenciados. Quando a atividade funciona como uma forma de esconder-se, fugir ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas, enfim, quando alivia a angústia da vida de relação, o trabalhar pode tornar-se compulsivo.

Comer Compulsivo
   Os transtornos alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Vivemos em uma sociedade na qual existe o culto da magreza. Assim, comer, um comportamento universalmente tido como prazeroso, torna-se alvo de preocupação de muitas pessoas. Como usufruir deste prazer sem sentir-se fora dos padrões sociais de saúde e beleza? Quais serão os sintomas dessa epidemia emocional? De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo".
      Essa "epidemia" se multiplica numa população patologicamente preocupada com a perfeição do corpo e que está sendo afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na representação pessoal do esquema corporal. Os transtornos alimentares vêem aumentando sua incidência perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, nós psicólogas, sociólogos e autoridades sanitárias. Essa busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e, algumas delas, diferem notavelmente entre si. Existem os transtornos alimentares mais tradicionais, que são a anorexia ebulimia nervosa mas, não obstante, existem outros que se estimulam e desenvolvem na denominada "cultura do esbelto". É uma meta imposta por novos modelos de vida, nos quais o aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito, felicidade e, inclusive, saúde.
      A Gestalt- terapia não tem como mexer no passado, mas pode mudar o presente, deixando a história virar passado, contribuiu para a construção dos seus projetos de vida e reconstituição como sujeito. Frederick Perls explica que quando o indivíduo não consegue digerir adequadamente as experiências vividas na fronteira de contato, ele introjeta valores, crenças, atitudes, modos de agir, sentir e avaliar, que fica dentro como um “corpo estranho”. Nessa situação trágica o indivíduo fica tão “entulhado” de coisas que não sobra espaço para ele criar, ou descobrir sua própria personalidade:


“Quanto mais se sobrecarrega com introjeções, menos lugar há para que expresse ou mesmo descubra o que é de fato”. Frederick S. Perls

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