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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Mulheres que correm com lobos...

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  2021... Morri. Perdi minha pele, arrancada na machadinha de Xangô. Fiquei nos ossos. Senti minhas entranhas queimarem. Vazei minhas águas turvas. Abracei o demônio inúmeras vezes e o agradeci outras tantas. Ele me levou ao inferno onde redescobri sombras esquecidas, dores adormecidas, onde contei em meus ossos, todos os golpes e os remontei esqueleto de mim mesma, numa nova versão. Falei mais do que precisava e silenciei menos do que gostaria, mas não repetirei esses erros. O silêncio me chama para sua rede tranqüila. Despedi-me de pessoas que gostaria de ter pela vida afora e trouxe pra perto surpresas incontáveis. Fui sorteada pela loteria da vida, com presentes humanos de valores incalculáveis, que guardei no cofre do meu coração, para nunca os perder de vista. Senti queimar meus preconceitos e fui queimada na fogueira de muitas vaidades, que sequer me conhecem. Senti arder em brasa o espírito da ancestralidade em minha alma e os gritos de meus antepassados, que chamavam meu nome,